quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

O fim dos CRBs e CFBs não é o fim da biblioteconomia nem dos bibliotecários

Bibliotecários criaram uma dependência fictícia do CRB e CFB que é como o vício inexplicável. Creio que o que cada bibliotecário precisa refletir em como mostrar seu valor a sociedade sendo notado e notável pelo conjunto de sua obra.Ser contundente nas questões importantes e não se acovardar diante de poderes opressores e situações limitantes. O resto vem. Falo por mim que criei o abaixo assinado sabendo que existe uma maioria de olhos vidrados que jamais mexeria neste vespeiro e mais, que é um abaixo assinado de poucas assinaturas, mas significa que há descontentamento. Outra sacada do abaixo assinado é que agita uma discussão e pode trazer até soluções e transparência de um órgão que nem sempre deixa claro o que está fazendo com o imposto que recebe. 
Conheci a opressão de pessoas que eram do CRB bem cedo em minha carreira estudantil. Gente que fechou bibliotecas em minha cidade(Cotia) em uma escola e na prefeitura e que fechou bibliotecas comunitárias por cumprir uma lei que eu creio é burra.
Leis inteligentes não conseguem fazer cumprir, como a lei que obriga escolas publicas e privadas e terem bibliotecas com profissionais...não é cumprida até hoje e nunca será, sempre haverá um embrulho que o CRB e CFB é e será incapaz de desenrolar.
Não é uma instituição importante por que não oferece nada ao bibliotecário em troca do imposto que gera e as anuidades pesam no bolso dos que ganham menos. 
Quando oferece emprego paga mau ao profissional da própria área. 
Quando oferece oportunidade de serviços(como o de organizar a propria biblioteca que me pediram orçamento) não reconhecem o valor que tem nosso trabalho, pois querem o serviço de graça e jamais deram retorno. 
E tem uma explicação que dão que não bate, não me entra goela adentro. Nós os bibliotecários pagamos o sindicato e o CRB. Pagamos o CRB para nos fiscalizar a nós mesmos(ética chamam isto) e para garantir que não bibliotecários não gerenciem bibliotecas(reserva de mercado). Raramente vamos ferir a ética em nossos empregos(quando tivermos um é claro, porque o mercado tá cuspindo bibliotecários pelo ladrão. Aqui em SP não ha vagas, tá sobrando profissionais) e reserva de mercado em nosso caso é uma coisa que atesta incompetência. Precisamos de lei que obrigue o empregador a nos contratar porque se não fosse a lei ele contrataria outro tipo de profissional? Bom, então ele não sente a diferença que é ter um de nós trabalhando ao invés do zé da esquina.Não somos para ele imprescindíveis? E esta lei além de tudo faz com que escolas tenham que mudar o nome da biblioteca para "sala de livros" e muitas mantem as salas fechadas. É triste ver uma biblioteca de escola fechada por conta de não contrariar a regulamentação cega que existe.

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